Cynthia Maria Oliveira Couto (2020) Otimização do meio de cultivo para produção massiva da microalga marinha Conticribra weissflogii

Otimização do meio de cultivo para produção massiva da microalga marinha Conticribra weissflogii

Autor: Cynthia Maria Oliveira Couto (Currículo Lattes)
Orientador: Dr Paulo Cesar Oliveira Vergne de Abreu
Co-orientador: Dr Fabio Roselet

Resumo

As microalgas são consideradas uma fonte potencialmente rica de diversos componentes de interesse comercial. No entanto, a viabilidade de sua produção depende de vários fatores, dentre eles, os custos dos meios de cultivo. Por esse motivo, existe uma grande necessidade de se desenvolver meios mais baratos, mas eficientes. São poucos os estudos que testaram a substituição de meios de cultura laboratoriais, com compostos com alto grau de pureza, por elementos menos puros e mais baratos como fertilizantes. O objetivo deste estudo foi desenvolver um meio de cultivo de baixo custo para a produção massiva da microalga Conticribra (Thalassiosira) weissflogii e avaliar a quantidade e qualidade da biomassa produzida. Para isso, primeiramente foi avaliada qual fonte de nitrogênio (amônia ou ureia) é a mais apropriada para o crescimento da espécie. Posteriormente, através da metodologia de planejamento experimental, foram avaliados quais elementos do meio de cultivo são essenciais para crescimento da espécie e, em seguida, as suas concentrações foram otimizadas. Uma segunda otimização foi realizada ajustando as concentrações dos elementos para uma melhor relação custo/benefício do novo meio formulado. Além disso, foi feita a validação experimental do modelo empírico obtido. Por fim foram feitas análises de proteínas, lipídios e perfil de ácidos graxos da biomassa nos meios f/2 (laboratorial), Yamashita e Magalhães (1984) com ureia (YU), Otimizado para crescimento (YC) e Otimizado para custo/benefício (YCB). Vimos que a microalga teve melhor crescimento com ureia como fonte de nitrogênio. O meio de cultivo foi otimizado, tanto para o crescimento quanto para o melhor custo/benefício, e a validação experimental demostrou que o modelo empírico foi preditivo. A análise de custo mostrou que o meio YCB representou uma redução de 79,4% no custo do meio, em comparação com o meio f/2. A biomassa produzida no meio YCB teve maior percentual de proteínas e lipídios, mas não apresentou diferenças no perfil de ácidos graxos em comparação aos outros meios.

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